Os migrantes são, antes de mais nada, pessoas humanas e que, hoje, são o símbolo de todos os descartados da sociedade globalizada.
Na Missa que assinalou o 6.º aniversário da viagem à Ilha italiana de Lampedusa, o Papa Francisco explicou que pensa nos “últimos” que diariamente “clamam ao Senhor, pedindo para serem libertados dos males que os afligem”, desenvolveu.
Com Francisco estiveram cerca de 250 pessoas que foram convidadas pelo Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral.
“São pessoas; não se trata apenas de questões sociais ou migratórias”, destacou, repetindo que ‘não se trata apenas de migrantes!’, o tema do 105.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado (DMMR), que a Igreja Católica vai assinalar a 29 de Setembro.
Francisco explicou que “a Palavra de Deus” hoje “fala de salvação e libertação” e, a partir da primeira leitura da Missa, propôs a imagem da escada de Jacob e explicou que em Jesus Cristo “está assegurada e é acessível a todos a ligação entre a terra e o Céu”, mas esses degraus pedem “empenho, esforço e graça” e os “mais frágeis e vulneráveis devem ser ajudados”.
“Apraz-me pensar que poderíamos ser nós aqueles anjos que sobem e descem, pegando ao colo os pequenos, os coxos, os doentes, os excluídos. Os últimos que, caso contrário, ficariam para trás e veriam apenas as misérias da terra, sem vislumbrar já desde agora algum clarão do Céu”, desenvolveu Francisco.
Após a Eucaristia, Francisco rezou em frente da imagem de Nossa Senhora e demorou-se a cumprimentar quem participou na Eucaristia; antes, no final da homilia, o Papa agradeceu aos migrantes que, mesmo recém-chegados à Itália, ajudam os “irmãos e irmãs” que chegaram depois: “Quero agradecer-lhes por este estupendo sinal de humanidade, gratidão e solidariedade”.
Fonte: Rádio Ecclesia