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Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

SÁBADO SANTO – SEMANA SANTA

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Vigília

“…rolaram uma grande pedra na entrada do tumulo e a lacraram…” (Mt 27,60.66).

É o grande sábado da Páscoa judaica. Em segredo as discípulas preparam aromas para ungir o cadáver de Jesus depois daquela sexta-feira de violência sem precedentes.

Mas é também o sábado de Maria das Dores, a Mãe angustiada, corajosa e fiel, a única Criatura que espera com ansiedade e amor a ressurreição do seu Filho.

Um grande silencio, porque o Rei dorme, “a terra treme e permanece calada” (Sl 76,9). E o túmulo não teria a outra escolha se não também o silêncio. Pois, após a sua morte redentora, o espírito de Jesus desceu ao inferno para quebrar as portas do reino dos mortos, para libertar almas e levá-las para o céu.

“Desperta, tu que dormes; levanta-te de entre os mortos e Cristo te iluminara” (Ef 5,14). Daí que, atrás de Adão e Eva, se contempla uma caravana de gentes que aplaude o Redentor: de Abraão a Moisés, de Davi a Isaías, de Batista a Isabel.

É Sábado Santo. Deus parece quase ausente, mas Ele está ausente apenas onde encontra as portas trancadas ou corações que batem por outra coisa.

Caríssimos, vos digo, na realidade, Deus nunca está ausente. Mas sim, somos nós, homens, que estamos ausentes quando perseguimos obstinadamente metas e objetivos que tem a ver com tudo, menos Deus.

É o dia de quem alimenta a lâmpada da esperança e diz: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”. Primeiro, as Mulheres: “Maria Madalena e a outra Maria estavam ali sentadas, em frente ao sepulcro” (Mt 27,61).

“‘Mulher, por que choras’? Ela respondeu: ‘Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram’” (Jo 20,13). Elas não buscam posições de destaque na Igreja, mas graças à sua fé, as mulheres pertencem mais do que outras à nova família de Deus nascida da ressurreição.

Boa meditação, caríssimos. JB