S. Maximiliano Maria Kolbe (séc. XX)
Mt 19, 13-15
“Deixai que as crianças se aproximem de Mim: dos que são como elas é o reino dos Céus…”
É uma bela e terna imagem de Jesus rodeado de crianças. Os discípulos – mais uma vez – não entendem o espírito de Jesus e tentam afugentar as crianças que se dirigem a Ele. Eles evidentemente consideram-nas um incômodo.
As crianças, de fato, nas culturas antigas, inclusive a judaica, eram os seres menos considerados, não gozavam de direitos e é justamente essa categoria de “pária” que os discípulos não querem que se aproxime de Jesus.
Em vez disso, Jesus repreende os discípulos: “deixai que as crianças se aproximem de Mim; não as estorveis”. Ele não só os acolhe, mas “impõe as mãos sobre elas”, ou seja, as protege, como protege e ajuda todos os fracos e indefesos.
Hoje em dia, muitos pais negam o Baptismo aos seus filhos, justificando-se que quando crescerem poderão decidir por elas mesmas. Aonde está a responsabilidade dos mesmos em educar na fé a sua prole? Pois, querendo se livrar do mesmo encargo, se manifestam irresponsáveis…!
Me vem na mente também milhões de crianças abandonadas, que morrem de fome, ou das que morrem na guerra, ou ainda das que são forçadas a trabalhar e mendigar porque os pais não têm para as dar, ou ainda que são violadas e abusadas nesta nossa hipócrita sociedade.
Essas crianças costumam ficar sozinhas e abandonadas, sem que ninguém coloque as mãos nas suas cabeças em sinal de proteção. Todos esses pequeninos não são apenas amiguinhos a serem defendidos e amados, mas também um exemplo de como ser para entrar no reino dos Céus – “dos que são como elas é o reino dos Céus”.
Jesus afirma que não se entra no reino dos céus como adulto, ou seja, com orgulho, egoísmo e inveja e mais pecados. É preciso sermos como as crianças, destituídas de todos esses pecados, em tudo confiando-se no Senhor para sermos acolhidos no reino. Pois a elas, “vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor” (Mt 25,34).
Boa meditação, caríssimos. JB