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Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

25ª Semana – Sexta-feira – T.C.

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Lc 9, 18-22

“... E vós, quem dizeis que Eu sou?

 

Jesus usa a pedagogia das perguntas para fazer crescer os seus ouvintes: as perguntas são como faíscas que, com a sua luz, estimulam o amanhecer da vida e ativam a mudança.

E aqui Jesus não doutrina, não dá lições e nem genéricas soluções, mas nos leva lentamente a buscar e encontrá-las dentro de nós.

Na vida, as perguntas contam mais do que as respostas, pois estas nos satisfazem, mas nos fazem ficar parados; enquanto as perguntas nos fazem caminhar e nos obrigam a ir à busca, a olhar para além.

No início, Jesus faz perguntas quase para uma sondagem de opinião. E o sentimento das multidões é útil, mas incompleto: “uns, João Baptista; outros, … Elias; e outros, … um dos antigos profetas que ressuscitou”.

Curiosamente, é o mesmo que escutamos ontem, ao satisfazer a inquietação de Herodes: “alguns diziam:’é João Baptista que ressuscitou dos mortos’; outros, … ‘Elias que reapareceu’; outros ainda, … ‘um dos antigos profetas que ressuscitou’” (Lc 9, 7-8).

Agora, mudando a perspectiva da pergunta, Jesus a dirige diretamente aos seus íntimos discípulos: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Quase como se fosse em oposição ao que as multidões dizem. Pois é, não os discípulos podem se conformar com uma fé por ouvir dizer … 

Sendo assim, “e vós, quem dizeis que Eu sou?” Esta mesma pergunta atravessou os séculos e surge novamente para cada um de nós: “Quem sou Eu para ti?” Quer dizer, “que lugar Eu tenho na tua vida”, “sou Eu importante para ti?” E estamos prontos para dar uma resposta tão clara e decisiva?

Caríssimos, saibais disto: ainda que o caminho da cruz nos faça conhecer Jesus como o Messias sofredor, a Ressurreição O apresenta a nós como Redentor e vencedor da morte. 

Portanto, reconhecer Jesus como “Messias de Deus” significa, não o que digo sobre Ele, mas sim, mais o que vivo d’Ele; que significa segui-Lo como Deus e Senhor da vida; acolhê-Lo mesmo na dor, considerando-O como o único que pode encher a nossa vida de alegria e felicidade, e testemunha-Lo aos outros.

Boa reflexão, caríssimos. JB