Cortesia: Tela Non, jornal digital
A euroAtlantic airways (EAA) propriedade do empresário Tomaz Metello anuncia em São Tomé e Príncipe, ter iniciado operações para o Aeroporto da ilha do Príncipe, resultado de um acordo de voos compartilhados (code share) com a companhia nacional são-tomense STP AIRWAYS. A infraestrutura aeroportuária da região autónoma do Príncipe, recorde-se, foi recentemente requalificada (2015), dispõe de uma pista com 1.850 metros, estando apta a receber aviões com capacidade para 50 a 60 passageiros.
O voo doméstico da euroAtlantic airways para a ilha do Príncipe, compartilhado com a STP AIRWAYS a partir do Aeroporto Internacional de São Tomé, é realizado num SAAB 340B com capacidade para 35 passageiros de uma companhia europeia ao serviço da companhia nacional são-tomense, com frequência diária, exceto quintas-feiras, operando duas frequências à sexta-feira.
O Presidente do Governo Regional do Príncipe, António José Cassandra, já tinha afirmado anteriormente, que o Aeroporto da ilha, apesar das obras de requalificação, iria ficar de fora das ligações diretas à Europa, estratégia que visa a preservação de um território Reserva Mundial da Biosfera daUNESCO desde 2012 da pressão turística das viagens organizadas.
A chegada da euroAtlantic airways ao Príncipe, acontece num momento extraordinário para o arquipélago, que a partir da cultura local do cacau, que produz o melhor chocolate natural do planeta. O destino está no top ten (2019) dos grandes magazines e sites de viagem mundiais, casos da Globe Spots da Lonely Planet ou portuguesa Volta ao Mundo, em múltiplas reportagens na imprensa das viagens de lazer, nas bancas de jornais dos maiores mercados emissores.
À partida da Europa o destino São Tomé e Príncipe é o mais beneficiado da partilha de voos entre a EAA e da STP AIRWAYS (uma ligação direta semanal de Lisboa). O jovem país africano comemora este ano duas efemérides relevantes no plano da História e da Ciência. Na ilha do Príncipe na Roça Sundy (1919) há 100 anos, onde hoje existe uma unidade hoteleira, o cientista inglês Sir Arthur Eddington, durante a observação de um eclipse solar, comprovou a Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein.
O apoio de Portugal à expedição é confirmado nas trocas de correspondência entre a Sociedade de Geografia de Lisboa e a Royal Geographical Society de Londres. A segunda referência histórica científica, está relacionada com as comemorações dos 150 Anos do nascimento do cientista Almirante Gago Coutinho (1860–1959). No ilhéu das Rolas, junto a um resort de referência, encontra-se o marco do Equador, monumento de interesse para a história da passagem portuguesa.
O oficial de marinha Carlos Viegas Gago Coutinho, Chefe da Missão Geodésica de São Tomé e Príncipe, após observações geodésicas, comprovou que a Linha do Equador, que supostamente passava entre São Tomé e o ilhéu das Rolas, cortava na realidade o ilhéu em duas metades (1923). O turista quando ali faz uma selfie, coloca um pé em cada hemisfério, num ambiente ao redor onde as temperaturas rondam os 27º, 28ºC com variações térmicas inferiores a 5ºC, fracas amplitudes térmicas e temperaturas da água do mar a rondar os 26ºC. Os cenários luxuriantes incentivam a escapadas ao stress, aos rigores dos invernos a viver momentos da história da evolução dos tempos e da ciência.