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Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

5ª Semana – Sábado – Quaresma

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Jo 11,45-56

“… para congregar na unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”.

Estamos agora nos aproximando dos dias da Paixão de Jesus. Os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em vez de espanto e admiração diante da ressurreição de Lázaro, sentem indignação e raiva, tentando prender Jesus – “Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres?”.

Eles fingem temer reações e revoltas populares e, portanto, uma intervenção dos romanos. Na verdade, têm medo de perder o seu poder e um grande número de adeptos, como eles próprios deixam transparecer: “se O deixamos continuar assim, todos acreditarão n’Ele”.

O sumo sacerdote Caifás, como político consumado, pensa “é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira”. Ele se confirma como um homem ganancioso e cínico. Não por razões de Estado, mas para defender o poder, e assim, não temendo vender o Jesus.

É interessante, porém, que o sumo sacerdote, longe de acreditar que está diante do Messias na pessoa de Jesus, sem saber disso, está realizando o projecto de Deus: sacrificar um por todos, sacrificar o Filho único “para congregar na unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”, como profetizou Ezequiel,“ farei deles um só povo”(Ez 31,22).

Esta é a missão de Jesus, pagar com a vida, para unir na harmonia e no amor todos os povos, que se dispersaram por causa do pecado, da discórdia e da inveja mútua.

Pitágoras já dizia (570-495 a.C. aproximadamente): “a evolução é a lei da vida. O número é a lei do universo. A unidade é a lei de Deus”. Sim, Deus quer a unidade e a realiza através da paixão, morte e ressurreição de Jesus. É assim que Ele realiza a sua presença entre os homens, através de Jesus que “habita em nossos corações pela fé”, como diz São Paulo ( Ef 3,17).

Trata-se, portanto, de compreender que também nós estamos dispersos, divididos não só entre nós, mas também dentro de nós. No entanto, o processo de unidade é possível. Que o Senhor nos faça encontrar n’Ele o nosso centro de unidade, a força que vence toda a dispersão e galvaniza em nós as energias do amor.

Boa meditação, caríssimos! JB