Jo 6, 16-21
“Sou Eu. Não temais…”.
O milagre da multiplicação de pães e peixes acabou sendo um fracasso. As pessoas leram isso como uma oportunidade – “Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei [combateria contra os romanos, comeremos de graça], retirou-Se novamente, sozinho, para o monte”.
Depois, seguiram-se as reações negativas dos apóstolos, convidados por Jesus a pegar o barco no meio da noite e voltar para Cafarnaum.
Os discípulos no barco terão que enfrentar uma tempestade de eventos inesperados e negatividade que marcariam a sua missão desde então.
E nisto, a Igreja continua a lutar entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus: a intenção de nutrir a humanidade com a sua Palavra atravessa também incompreensões e violências.
Quantas vezes, ao longo dos séculos, a Igreja sofreu perseguições?!? Quantos inimigos levantaram a voz para impedir a missão da Igreja?!?
Mas, precisamente naqueles momentos, no meio da noite, o Senhor a alcançou e a convidou a não temer e a confiar nele: “sou Eu, não temais”.
A barca da Igreja não pode afundar – Deus apostou nela a sua Palavra -, porém, ela deve ter a coragem de levar o seu Senhor para dentro da mesma barca.
Bento XVI, na sua última Audiência geral e dia antes do fim do seu pontificado, 27.02.13, dizia: “sempre soube que, naquela barca, está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é d’Ele. E o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz… esta foi e é uma certeza que nada pode ofuscar”.
Portanto, perante as tempestades pessoais ou comunitárias, não hesitamos em invocar a Jesus, pois que Ele chegará na calada da noite onde estivermos, nos guiará ao porto seguro.
Boa meditação, caríssimos. JB