Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

4ª Semana – Quarta-feira – Páscoa

FC169BEA-D61C-4D41-AB52-2517972EE7E7

Jo 12 44-50


“Eu sou a luz do mundo…”.

Acreditar em Deus não é imediato porque Deus não gosta de se impor. Se Ele o fizesse, não seria Deus, mas um déspota ou ditador, como tantos homenzinhos deste mundo. Ele prefere perfil humilde e baixo para chegar até nós.

Deus nos ama a ponto de nos perder por amor.  Pois o seu amor não é possessivo, não domina;  se o fizesse, não seria amor.  A liberdade e a possibilidade de rejeição são essenciais no caminho de fé, portanto, a livre adesão – “Não julgo quem Me rejeita e não guarda e acolhe as minhas palavras”.

A incredulidade vem desde antiguidade, tipicamente humano; começou em Adão que acreditou mais na serpente do que em Deus; também o povo de Israel no deserto com o bezerro de ouro (Ex 32); São Tomé diante do Senhor Ressuscitado: “se eu não vir…, se eu não puser…, se eu não puser…, não acreditarei” (Jo 20,25). Poderemos apresentar uma infinidade de motivações, mas é sempre o mesmo: o homem não acredita, duvida, hesita, vacila …

O homem incrédulo, para o qual Deus tem um amor “incrível”, a ponto de se entregar na cruz por ele. Em vez disso, o amor humano é limitado, cheio de egoísmo. E é diante da cruz que surge o problema da fé. Como crer em um Deus que se deixou pregar no madeiro da Cruz para o homem?

Estaríamos mais inclinados a pensar que Deus, na melhor das hipóteses, colocaria o homem na cruz, não Ele próprio. Eis aqui o grande mistério: “Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas”. Portanto, uma luz excessiva para os olhos de coração infelizmente viciados pelas trevas deste mundo.

E depois, neste mundo, para além das nossas fraquezas e limitações, há um outro, diabo, “leão que ruge” (1Pt 5,8), que tentou e tenta nos cegar… aquele que, com falsidade, a partir Adão, fechou, fecha e tentará sempre fechar os nossos olhos diante do amor de Deus.

“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). O Senhor é a fonte de luz.  Sua Palavra ilumina as escolhas, livra de ilusões e dá a alegria de viver. E isto é vivido por tantos nossos irmãos e irmãs recém-convertidos que respiram uma nova primavera, uma vez que recebem o Senhor nas suas vidas.

Que o Senhor, que não veio para condenar, mas para salvar o mundo, nos faça viver a sua Palavra todos os dias, verdadeira Luz que nos impede da confusão, obscuridade e maldade.

Boa meditação, caríssimos. JB