FESTA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO
Jo 14, 7-14
“… tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei”.
Filipe e Tiago, apóstolos e pilares da Igreja, diferentes nas suas experiências, mas ambos modelos para todos aqueles que procuram Deus.
Os apóstolos eram diferentes entre eles. Quão maravilhoso e profícuo se refletirmos ainda mais sobre esta esplêndida diversidade. E por outro lado, gostaríamos e sonhamos uma Igreja com um pensamento único e monótono.
Nos tornamos intoleráveis a ponto de mal suportar as vozes discordantes e críticas que povoam e pululam a vida das nossas dioceses e paróquias, vozes que suscitam alguns conflitos e contrastes, mas a Igreja é uma sinfonia.
Filipe, nascido em Betsaida, foi discípulo de João Baptista e depois seguiu a Cristo. O nome grego sugere que ele era de origem não judia, em contato com os pagãos gregos comovidos e apaixonados pela pessoa de Jesus e ansiosos de ver a face de Deus Pai – “Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta”.
Tiago, o mais jovem, é primo de Jesus, e sucederá o outro Tiago, irmão de João, tornando-se bispo de Jerusalém e primeiro mártir. Parece que ele era rígido e judaizante.
Então, um amigo dos pagãos e um homem duro e teimoso, ambos do grupo dos Doze. E a Igreja quis reuni-los nesta festa de hoje.
São como as duas faces da Igreja: divergentes em seus caminhos, ensinam a amar a diversidade como um valor, sem trair o sonho da unidade.
E eis que, graças a eles, Jesus faz duas promessas magníficas: o crente fará obras maiores do que o Mestre – “Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores” – e escutará a oração dos que se dirigem ao Pai em seu nome – “tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei”.
São Filipe e São Tiago, rogai por nós.
Boa meditação e bom início da semana, caríssimos. JB