Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

5ª Semana – Sexta-feira – Páscoa

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Jo 15, 12-17

Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi…

 

Irmãos e irmãs, caríssimos, Deus é protagonista na nossa vocação, no chamamento à nossa vida cristã. É Aquele que sempre dá o primeiro passo, batendo as portas dos nossos corações.

Fui Eu que vos escolhi…”! Conscientes das nossas fragilidades, ao aceitar a proposta de Jesus, é natural que possa reinar em nós um certo medo e hesitação, de modo a dizer-Lhe: “Jesus, escolha outro” … mas Ele responde: “Eu vos escolhi no amor, por amor e para amar”.

Enfatizando o “Eu”, se destaca a iniciativa de Deus, que não precisa de justificar as suas escolhas ou chamamentos…, pois tais iniciativas, mais que a lógica, sobre elas recaem o mistério.

Se, por outro lado, enfatizarmos o termo “vós”, significa que Ele poderia escolher outros; em vez disso, como lemos no Evangelho de Marcos, “Ele chamou os que Ele quis” (Mc 3, 13).

Outra palavra encorajadora pode ser encontrada depois do lava-pés, quando Jesus diz: “Eu conheço aqueles que escolhi…[e Ele] depois de dizer isso ficou profundamente comovido” (Jo 13,18.21). Portanto, as coisas ficam mais claras se forem lidas segundo a lógica de Deus.

A nossa fraqueza não nos deve preocupar, nem nos paralisar. O importante é deixar que Deus Criador nos modele para a obra de arte que Ele decidiu fazer de nós: “ameis uns aos outros, como Eu vos amei”.

Ainda mais, de facto, Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, o que é fraqueza para envergonhar o que é forte, o que é nada para assim mostrar a nulidade dos que são alguma coisa; assim, ninguém poderá gloriar-se diante de Deus (cf. 1Cor 1, 27-29).

Caríssimos, deixemos que Deus entre nas nossas vidas e faça suas as nossas fraquezas, imperfeições e pobrezas. O próprio Paulo nos assegurou: “Quando estou fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,10).

Que o Senhor, que nos escolheu por e para o amor, nos conceda um coração grande de modo que saibamos ver todas as pessoas como “amigas” a serem honradas e amadas.

Boa meditação, caríssimos. JB