Jo 16, 23b-28
“Até agora não pedistes nada em meu nome…”
O verbo grego αἰτέω (aitéo) indica a oração de súplica ou pedido, um pedido feito em nome de Jesus, unido a Ele.
Nesta passagem do Evangelho, Jesus sugere que peçamos ao Pai em Seu nome, de rezar através d’Ele ao Pai. É também por isso que as orações litúrgicas sempre terminam com a invocação “por nosso Senhor Jesus Cristo” ou “por Cristo, nosso Senhor”, a qual respondemos: “Amém”.
“Se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, Ele vos dará”. Esta oração em nome de Jesus faz nos sair de nós mesmos, é um “êxodo de nós mesmos” como disse Papa Francisco, comentando este trecho de Evangelho (Santa Marta 11.05.13).
“Até agora, não pedistes nada em meu nome”! Como rezamos, caríssimos? Na nossa oração de súplica, o que pedimos a Deus? E quantas vezes duvidamos que as nossas orações sejam escutadas por Ele? Pois, muitas vezes o que pedimos tem muito pouco a ver com os bens eternos. Pedimos saúde, dinheiro, carro, casa, emprego, amor da nossa vida, etc..
Certo, coisas boas pra serem usadas neste mundo em que estamos, mas do qual não somos, por isso coisas efémeras ou passageiras. Deus prefere que procuremos bens que duram para sempre.
Ademais, Jesus nos confirma: “não vivais preocupados com o que comer ou beber, quanto à vossa vida; nem com o que vestir, quanto ao vosso corpo… Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mt 6,25.33-34). Já assim, as nossas orações não só serão escutadas, mas sim também atendidas.
Saibais, caríssimos, Deus é Pai e não patrão ou padrasto. É um Pai que escuta a oração dos filhos, que somos nós, quais pobres, enfermos, aqueles que são ‘pequeninos’, humildes e se escondem na palma da sua mão, com certeza que serão atendidos.
Por isso, eis a atitude que devemos fazer crescer em nós: a certeza de sermos atendidos… que se chama fé!
Boa meditação e bom fim de semana, caríssimos. JB