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Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

8ª Semana – Segunda-Feira – Tempo Comum

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MARIA MÃE DA IGREJA

Jo 19, 25-34

“‘Mulher, eis o teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe!’”.

 

A Igreja partiu para o mundo no dia de Pentecostes, depois de nascer, na realidade, do lado aberto de Jesus na cruz – “um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água”.

E debaixo desta mesma cruz, a primeira testemunha é Maria. E ela não se move, não grita a sua dor a um Deus que não lhe indicou uma conclusão tão trágica.  Maria não protesta. Maria não protesta.  As suas lágrimas deslizam no seu rosto e molham a terra, como se  representassem talvez um pedido de perdão ao Filho muito amado em nome da igreja nascente.

Os soldados deixam que ela se aproxime d’Ele por aquele sentimento que é devido a uma mãe que vê o seu filho nos braços da morte.  A dor é insuportável, mas ela é uma Virgem fiel, uma morada inabalável na fé.  E naquele momento, apenas ela, João, o discípulo amado, e alguns outros representavam a Igreja que já estava a monte.

A nascente Igreja desmorona com a primeira rajada de vento.  Os apóstolos estão chocados.  Mas, Maria não.  Ela não cede. E assim experimentou e conheceu a dor humana na sua própria carne. É por isso que ela também é amada e venerada por muçulmanos, budistas, taoístas e outros.

“‘Mulher, eis o teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe!’”. Como se dissesse, segundo o Papa Francisco: “Estou partindo, mas esta é a vossa Mãe” (Meditação matutina, Capela Santa Marta, 21.05.18). Maria, Mãe de João.  E, como João, pudemos introduzir Maria Santíssima na casa do nosso coração: Mãe da nossa pertença a Jesus, Mãe da Igreja e mestra do Cristianismo vivido.

Pois, “assim como a divina Maternidade é a causa pela qual Maria tem uma relação absolutamente única com Cristo e está presente na obra da salvação humana realizada por Cristo, também, sobretudo, da divina Maternidade, derivam as relações que existem entre Maria e a Igreja” (Paulo VI, Discurso, à conclusão da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, 21.11.64).

Maria se tornou a árvore em cuja sombra nós nos refugiamos. Quando a dor interrompe a nossa vida e parece apagar tudo, Maria nos ampara e nos ajuda a não ceder, mas a estarmos firmes e acreditar em Deus. Portanto, confiemos as nossas vidas a ela no momento da provação, para aprendermos a aguardar a ressurreição.

Boa meditação e bom início da Semana, caríssimos. JB