Mt 5, 13-16
“Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo…”.
“Sal da terra” e “luz do mundo”: palavras maravilhosas e exigentes, com as quais Jesus define a identidade e o papel do cristão. O sal dá sabor aos alimentos e os torna saborosos: assim, a mensagem que Cristo nos trouxe, se se realizar na nossa vida, dará certamente sentido a todos os acontecimentos da nossa existência e também ajudaria outras pessoas a se conformarem com ela.
Também a luz que nos chega do próprio Jesus, “luz do mundo” (Jo 8,12), revela-nos a esplêndida cor do Evangelho que afugenta as trevas do erro e as falsas ideologias que pretendem de se sobrepor ao Evangelho. Assim como as janelas de uma catedral deixam transparecer as suas belas cores sob o efeito da luz do sol, os santos são a “transparência de Deus” e tais devem ser todos nós, cristãos.
Ser sal e luz também é uma responsabilidade: o cristão leva consigo o sabor do Evangelho aonde quer que vá, porém primeiro deve ser capaz de ser uma testemunha crente e credível do mesmo Evangelho, dando sabor e iluminando todas as situações da sua vida. Pois, como disse São Paulo VI, “o homem contemporâneo escuta mais de bom grado as testemunhas do que os mestres, ou se ele escuta o mestre, o faz porque são também testemunhas” (Discurso durante a Audiência concedida aos Membros do Pontifício Conselho para os Leigos , 02.10.74).
Então, se se perde o sabor ou se deixa de irradiar a luz, o cristão deixa de ser fiel à tarefa que Jesus lhe confiou, e se torna insípido e sombrio, enfim, inútil: em nada ou quase nada ele se distinguiria daqueles que seguem seu próprio egoísmo e a lógica de mundo; nada ele faria de extraordinário, portanto, seria igual aos pagãos (cf. Mt 5,47).
Daí que, meditando este trecho evangélico de Mateus, cada um de nós se pergunte a si mesmo: eu sou, na minha vida diária, o sal da terra e a luz do mundo? Ou seja, saboreio o ambiente ao meu redor com o Evangelho, ilumino as pessoas que estão ao meu lado com testemunho cristão? …
Pois, peçamos ao Senhor Jesus que faça com que a sua luz nunca se apague nos nossos corações e que não sejamos insípidos, e assim possamos revelar a beleza e o sabor da sua mensagem de alegria e paz.
Boa meditação, caríssimos. JB