Mt 6, 1-6,16-18
“Quando deres esmola, não mandes tocar a trombeta… o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa…”.
Jesus, verdadeiro Maestro, mais uma vez ensina, pede a nós, seus discípulos, para que possamos dar um salto qualitativo. Admoesta a nós, seus seguidores, de termos cuidado com a motivação das nossas ações. É fácil se desviar da busca de Deus pra se ir ao encontro do nosso eu, tanto na oração quanto na esmola e no jejum ou em qualquer outra ação humana.
Jesus nos encoraja a fazer todo o bem possível, mas no segredo de nossos corações, e ali busquemos a aprovação apenas do Pai misericordioso. Mas, quão difícil é agradar a Deus que os homens, buscar a nossa autossatisfação que a glória de Deus, “aquele que ama quem dá com alegria” (2Cor 9,7)? Queremos aparecer ou ser?
No capítulo anterior de Mateus, Jesus tinha dito que é preciso ser perfeito como o Pai celeste (cf. Mt 5,48); e Ele agora nos explica que é o relacionamento com o Pai a fonte do nosso ser e agir; somente n’Ele nos encontramos como filhos e filhas livres, amados e felizes, capazes de levar muitos frutos de bondade aos outros.
Assim, ao orar, dar esmolas e jejuar, nos deixemos tocar por estas palavras de São Paulo, quando advertiu os Gálatas: “Tenho eu buscado a aprovação dos homens ou a de Deus? Acaso procuro agradar aos homens? Se ainda quisesse agradar aos homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1,10). Mais do que aparecer na televisão, nas redes sociais, procurando agradar aos homens, tentemos estar diante de Deus, agradar a Ele, “quem vê no segredo, e nos recompensará”.
Que o Espírito do Senhor interpele seriamente a nossa consciência quanto à nossa generosidade, à oração pessoal, ao jejum, que é a renúncia ao supérfluo e mudemos onde há que mudar …
Boa reflexão, caríssimos. JB