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Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

11ª Semana – Sábado – T.C.

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S. Romualdo, Abade (séc. X-XI)

Mt 6, 24-34

… não podeis servir a Deus e ao dinheiro…”

 

Quão clara é esta afirmação de Jesus: Deus ou dinheiro. O grande Cardeal Robert Sarah, diria Deus ou nadaPois, se baseamos a nossa existência em coisas, elas nos afundam; em vez de criar comunhão e solidariedade, criam divisão, parecendo ser o nosso “deus”, elas se tornam o nosso túmulo imediato, e nós como escravos, à beira da morte.

E Jesus acrescenta: “não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário?” Portanto, devemos ser capazes de controlar as nossas ambições, os nossos desejos.  De fato, a esse respeito, Sêneca disse: “quem souber limitar os seus desejos é realmente rico” (Epístola a Lucílio).

Procuremos esta riqueza, isto é, permanecendo tranquilos e na fé – “homens de pouca fé” – porque Aquele, que além de vestir a erva do campo com as cores magníficas, conhece as nossas necessidades e responde às nossas expectativas. Porque Deus não se distrai, nem se esquece: “acaso uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, Eu de ti jamais me esquecerei”(Is 49,15).

Portanto, somos convidados a confiar em Deus, nosso Pai celeste, e não nos ídolos. Ele quer ser Deus de cada um de nós, por isso escolhamos a primazia d’Ele, abrindo mão de tantas coisas que nos atraem e nos separam d’Ele e dos outros.  Até porque, como disse o Papa Francisco, “a fidelidade a Deus não se negocia” (Meditação matutina, Santa Marta, 18.11.13).

Não vos preocupeis, quanto a vossa vida”. “Quem de entre vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à sua estatura?” “E porque vos preocupais com o vestuário?” “Não vos preocupeis… os pagãos é que se preocupam com as coisas”. “Não vos preocupeis com o dia de amanhã”. 

Caríssimos, tudo está claro: não vivamos na ansiedade e na angústia, acreditando que a riqueza possa resolver o nosso problema existencial e dar segurança e serenidade à nossa vida. Pois, ela promete o que não pode cumprir, porque não pode matar a sede do coração.  Com efeito, como Jesus tinha dito ao príncipe deste mundo, “não se vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4, 4).

Por isso, “procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo”. Cuideis da vida interior e da relações humanas;  busqueis a paz para vós e para os outros, justiça para vós e para os outros, amor para todos.  Menos coisas e mais coração.

Que o Senhor nos ajude a crescer na capacidade de respeitar e amar o que nos rodeia, abandonando todas as formas de uso exagerado e destrutivo dos bens que nos confiou.

Boa meditação, caríssimos. JB