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Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

12ª Semana – Sábado – T.C.

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Mt 8, 5-17

 “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado

 

Caríssimos, o Evangelho de hoje nos apresenta dois gestos miraculosos de Jesus: a cura do servo do centurião romano e a cura da sogra do Pedro.

No entanto, querendo realçar a nossa miséria diante de Deus, me apraz meditar o primeiro milagre. Pois, quem interpelou o coração de Jesus é um centurião de Roma, um graduado do exército que então humilhava e oprimia o povo de Israel. 

Não é a religião que o coloca diante do Mestre, mas a necessidade da saúde do corpo.  O que o homem não faria para esse bem apreciável… (cf. Gregório de Nissa)?! Mas Jesus não tem preconceitos, não exige nada … Apenas escutou e acolheu o pedido do oficial romano: “Eu irei curá-lo”. Pois, “o Senhor é clemente e misericordioso, lento para a ira e rico de misericórdia” (Sl 145,8).

 “Eu irei curá-lo”.  A resposta de Jesus surpreende o centurião porque ultrapassa os seus desejos.  Não esperando que Jesus fosse à sua casa, o centurião se sente indigno: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa”.

De facto, nenhum de nós é digno de Jesus, da sua presença e do seu amor, mas sabemos pela fé que basta somente um gesto, uma palavra, um olhar para que Ele nos salve. Eis o “ato de fé” do centurião: “diz uma só palavra e o meu servo ficará curado”.

 Quão grande é a fé deste “pagão”!  A atitude de extrema humildade e de profunda confiança que caracterizou esse oficial pagão ao pedir a intervenção salvadora de Cristo em sua casa – uma verdadeira e autêntica profissão de fé – quer e deve ser a atitude de todos nós no momento em que estamos a ponto de receber o Senhor no nosso coração.

 Caríssimos, a fé na Palavra de Jesus, como centurião, traz consigo uma força criativa.  Uma fé que ultrapassa muros e fronteiras … que não consiste em repetir uma doutrina, mas em confiar-se totalmente n’Ele.

 Sendo assim, façamos nossa esta oração de Blaise Pascal (matemático, escritor, físico, inventor, filósofo, e teólogo católico francês do séc. XVII): “Senhor Jesus, os médicos não vão me curar, mas sois Vós quem cura!  Infundi em mim a fé do centurião, … Curai-me, persegui os meus demônios.  Dizei uma só palavra e eu ficarei curado”.

Boa meditação, caríssimos! JB