Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

16ª Semana – Quarta-feira – T.C.

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Mt 13, 1-9

Outras caíram em boa terra e deram fruto…”.

 

Jesus observa um semeador e sente algo de Deus. Deus não é um, mas o Semeador, aquele que introduz os germes da vida no coração do homem e no cosmo.

É um dos nomes mais belos de Deus: não é o ceifeiro que trata das nossas pobres colheitas, mas o semeador, o Deus que dá início ao florescimento do mundo.

Jesus imagina o Reino como um campo recém-semeado.  Ele deposita o seu grão em cada fenda do solo e além.  E assim deixa o mundo grávido.

Ademais, com a imagem do semeador que parece despreparado porque parte de sua semente caiu “ao longo do caminho”, “em sítios pedregosos” e “entre espinhos”, Jesus nos diz que Deus não coloca barreiras no seu operado, isto é não exclui ninguém.

Todos nós somos terra pedregosa, espinhosa, ferida, opaca, porém a nossa humanidade imperfeita é também um torrão de boa terra, adequado para dar vida às sementes de Deus.

Existem no campo do mundo e no do coração forças que se contrapõem: o bem e o mal que se confrontam.  E a parábola não explica por que isso acontece.

E nem explica como tirar as pedras, enxotar os pássaros e eliminar os espinhos.  Fala apenas de um semeador cuja confiança é recompensada: em cada coração cresce o seu grão.

Caríssimos, o olhar do Senhor não está nos  nossos defeitos, mas na força da sua Palavra que afugenta os pássaros, limpa os torrões de pedras e espinhas, e cuida dos rebentos.  Interessante! Aqui, Ele não pede para sermos perfeitos, mas fecundos, portanto, “boas terras”.

Que o nosso coração possa dizer a Deus cada dia: “Sois o meu abrigo, o meu escudo, na vossa Palavra pus a minha esperança” (Sl 119,114), e possamos agir cada dia confiando no Senhor Jesus como São Pedro: “Porque Tu o dizes, lançarei as redes” (L c 5, 5).

Boa meditação, caríssimos. JB