Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

23ª Semana – Segunda-feira – T.C.

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Lc 6,6-11

…estende a mão

 

Com esta expressão, Jesus nos mostra como viver o sábado (hoje Domingo), dia do Senhor, dia de repouso, de alegria e não de dor, dia de festa, e nos revela a autenticidade do culto a Deus.

Pois, caríssimos, uma oração ou uma participação na Santa Missa dominical que não permita que, em nós, a obra do bem floresça, que não nos conduz ao compromisso com a justiça e a vivência no amor, é inerte e estéril, portanto, cai na simples repetição ou rotina.

E é esta a miséria humana que Jesus enxergou naquela “mão paralítica” e a assumiu como se fosse a sua dor – “…estende a mão!”. Agora, com aquela mão ágil e operosa, a casuística detalhada dos escribas e fariseus se torna estéril e inútil.

Estes eram virtuosos na Lei, e aquele desesperado, tendo a “mão paralítica”, portanto, com a vida cheia de mágoas, encontra a paz, sendo curado e perdoado por Cristo. De fato, em sua dupla conversão ao catolicismo Julien Green (escritor e dramaturgo americano do século XX), disse: “Deus entra mais facilmente numa alma devastada pelas mágoas do que numa barricada por trás das suas próprias virtudes”.

Caríssimos, para Jesus, o homem vem em primeiro lugar. É o homem que está no centro, não a observância nem mesmo de uma lei justa! E Jesus, conhecendo bem as prescrições de Moisés, lê o espírito da Lei, colocando a solidariedade e a fraternidade (salvar uma vida) acima das observâncias externas e formais do culto.

Em vez disso, os escribas e fariseus, permanecendo apenas ancorados na ‘letra‘ da Lei, se orientam para a dureza de coração, a não-vida, portanto a dor e a morte. Pois, antes da Cruz do Calvário, Jesus encontrara outras cruzes: a partir da indiferença e da falta de discernimento.

Que o Senhor nos torne cada vez mais cristãos crentes e credíveis na escuta e na observância da sua Palavra, colocando sobretudo o bem do próximo antes das leis.

Boa meditação e bom início da Semana, caríssimos. JB