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Rua Pe. Martinho Pinto da Rocha São Tomé, São Tomé e Príncipe

34ª Semana – Segunda-feira – T.C.

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S. Cecília, Virgem e Mártir (séc. V)

Lc 21, 1-4

Viu uma viúva muito pobre deitar duas pequenas moedas

 

Hoje, com o testemunho de uma viúva, Jesus nos explica o sentido das nossas obras de caridade, especialmente da esmola que damos.

Comparando a esmola da viúva com a dos ricos que “deram do que lhes sobrava, Jesus explica que a esmola é mais útil para quem a dá do que para quem a recebe. Porém, se o que é dado é feito para ostentação, o gesto se torna imoral e fica eivado de vícios, portanto, uma auto condenação de si mesmo: “não saiba tua mão esquerda o que faz a direita” (Mt 6,3)

E Jesus não se deixa encantar pelas ofertas dos ricos que parecem dar grandes somas para as necessidades do templo. Em vez disso, fica impressionado com as “duas pequenas moedas” dadas por aquela viúva: “deu mais do que todos os outros”.

Essa viúva “na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver”. Literalmente, se formos buscar a tradução original, esta expressão seria forte e determinante: “ofereceu toda a sua vida”. Daí que, neste seu gesto, o Evangelho nos evidencia a verdadeira escolha: não é a quantidade que importa, mas o amor, o sentimento que se envolve, o sentido da vida que se coloca naquilo que se oferece.

E nós, quando damos esmola, pensamos mais no “quanto” ou no “como”? Chamamos a Televisão e colocamos também o facto no Facebook? Qual é o sentimento que nos motiva? Exame de consciência, caríssimos! Recordeis: “Ela, na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver”. Ela teria mil e um motivos para reter as duas moedas para si. Mas, aqui está a verdadeira generosidade, sem cálculo, toda oferecida com amor.

De fato, a Santa Teresa de Calcutá disse: “não há pobreza pior do que não ter amor para dar”. E a viúva, com o seu gesto caritativo, ofereceu o amor, superou a frívola intenção de querer fazer boa figura, etc. Ademais, a caridade que agrada a Deus é cheia de humildade e desprovida de complacência.

Por fim, o gesto da viúva constitui um modelo transparente do que significa acreditar. Na verdade, acreditar em Deus não é apenas acreditar no que Deus nos revelou, como fazem os escribas, mas acima de tudo confiar e apoiar-se n’Ele para viver.

É o que fez a viúva, ela ofereceu a Deus tudo o que lhe poderia dar uma certeza de vida neste mundo, – como já disse – “ofereceu toda a sua vida”, portanto, uma fé que se apoia e repousa em Deus, do qual certamente virá a ajuda, porque do lado humano a Sua vontade foi realizada com plenitude heróica.

Que o Senhor, por meio do seu Espírito, ilumine as nossas ações e nos comunique a força para cumprir o que a sua Palavra, através deste Evangelho, nos fez provar, ou seja, a consciência de que dar tudo é viver apenas n’Ele, com Ele, por Ele.

Boa reflexão e bom início da Semana, caríssimos. JB