P. Bernardo Suate – Vatican News
Para Beatriz, que falava aos microfones de Sheila Pires da Radio Veritas de Joanesburgo, participar na assembleia continental e poder falar sobre a sinodalidade foi uma grande oportunidade e uma experiência fenomenal. “Principalmente para nós, as mulheres, que gostaríamos de ser incluídas no processo sinodal e termos que estar à frente dos acontecimentos”, enfatiza a jovem moçambicana.
À pergunta sobre como vê o papel e o valor da mulher, na Igreja em Moçambique, Beatriz não hesita em reiterar que, sobretudo quando se trata de tomar decisões, a mulher deveria ter, de facto, uma posição clara e de liderança, o que muitas vezes não se nota na Igreja: “Que nos dissessem, ‘as mulheres têm esta ou aquela posição, podem responder, podem falar deste e daquele problema, o que realmente não tem acontecido’”, reitera a moçambicana.
E a propósito do Documento final já em preparação nesta fase continental, Beatriz enfatiza que, quando se fala sobre a Igreja em África, ela gostaria de ver uma verdadeira inclusão das mulheres, dos jovens e dos leigos, pois isso dá maior sentido à Igreja: “para mim, isso é muito importante: que as mulheres sejam incluídas, que os jovens sejam incluídos, e que o povo que está lá seja realmente incluído neste processo” – remata a jovem Beatriz Francisco.
De recordar que a Assembleia Continental Africana do Sínodo sobre a sinodalidade decorreu de 1 a 6 de março, em Adis Abeba (Etiópia), tendo contado com mais de 200 participantes, entre os quais 9 Cardeais, 28 Bispos, 47 Sacerdotes, 15 Religiosas, um Irmão, 5 Seminaristas, 5 Noviços e 106 Leigos (jovens e adultos).