Dar outro sentido para além daquele que o mundo, na sua aparente certeza, oferece. Mas antes a experiência do encontro transformador com Aquele que caminha sempre connosco. Sempre mesmo.
Cultura
Havia por lá muitas mulheres que observavam ao longe. Naquele olhar, luzente de amor e de lágrimas, naquele agarrar-se com os olhos à cruz, nasceu a Igreja. E renasce a cada dia em quem tem para Cristo, ainda crucificado nos seus irmãos, o mesmo olhar de amor e de dor.
Todas as vidas cabem na imagem quotidiana do pão que se parte e reparte. As vidas são coisas semeadas, crescidas, maturadas, ceifadas, trituradas, amassadas: são como pão. Não apenas degustamos e consumimos o mundo: dentro de nós vamos percebendo que o tempo também nos consome, nos gasta, nos devora.
Só um Deus que se fez homem pode escolher habitar fora das paredes do templo, na mesma casa do homem, na “profana” morada dos mortais. E será assim para sempre, porque está na natureza própria do cristianismo.
A Mãe das dores seja um sinal em todas as situações difíceis de nossa vida e interceda por nós neste tempo de sofrimentos e nos inspire a fé e a coragem para que não desanimemos nas situações de “morte” e nos ajude a crescer e a encontrar a “Ressurreição”.
Hoje, a festa é essa mistura inacreditável do silêncio, da humildade de Deus que vela ainda pelo poder que subverterá o mundo e a sua divisão do visível e do invisível e nos abrirá as portas do Aberto.
Na Bíblia ressoa 365 vezes esta saudação divina: "Não ter medo!". É quase o bom dia que Deus repete a cada aurora. Repete-o também nestes dias de terror. E para quem perdeu a fé, proporei a confissão do mesmo escritor García Márquez: "Desafortunadamente, Deus não tem um espaço na minha vida. Nutro a esperança, se existe, de ter eu um espaço na sua".
Foi Pascal que escreveu que “as mãos sustêm a alma”. Hoje precisamos de mãos – mãos religiosas e laicas – que sustenham a alma do mundo. E que mostrem que a redescoberta do poder da esperança é primeira oração global do século XXI.
"Recordo o que me contou, emocionada, uma voluntária que trabalha há anos numa unidade oncológica: ´O que me faz mais impressão é o número de pessoas que morrem completamente sós.´ Devia-nos impressionar a todos a desproteção familiar e social que tantos dos nossos contemporâneos experimentam precisamente na hora em que se deveriam sentir sustentados pela presença e pelo amor dos seus", diz Cardeal Tolentino Mendonça.
Um texto escrito como uma carta de amor, onde abundam citações de poetas que ajudam o leitor a entrar em contato com a maravilhosa beleza daquela região, mas também com seus dramas diários. Por que o Bispo de Roma quis dar um valor universal a um Sínodo limitado a uma região específica? Por que a Amazónia e seu destino nos preocupam?