Nasceu pobre, entre os pobres, porque Deus sempre nasce pobre e para os pobres, mesmo que sejam os ricos a fazer a festa.
Cultura
"Advento é este tempo de celebração da espera e cumprimento / Recordação das promessas feitas aos nossos pais / E a sua realização na nossa história." Eis o poema-reflexão do nosso Bispo Diocesano para o Santo Tempo do Advento.
"Assisti, numa residência assistencial, a uma cena comovente: duas enfermeiras, depois de terem cuidado profissionalmente de uma idosa doente, entreolharam-se com um gesto de entendimento, e juntas tiraram as luvas de látex, e com as mãos quentes, verdadeiras, acariciaram amorosamente, pele na pele, os braços e o rosto da mulher."
O Papa Emérito Bento XVI assinalou ontem, dia 16 de abril, o seu 93º aniversário, num momento de isolamento social por causa da pandemia de Covid-19, tornando-se o terceiro pontífice a atingir essa idade, nos últimos 800 anos.
Dar outro sentido para além daquele que o mundo, na sua aparente certeza, oferece. Mas antes a experiência do encontro transformador com Aquele que caminha sempre connosco. Sempre mesmo.
Havia por lá muitas mulheres que observavam ao longe. Naquele olhar, luzente de amor e de lágrimas, naquele agarrar-se com os olhos à cruz, nasceu a Igreja. E renasce a cada dia em quem tem para Cristo, ainda crucificado nos seus irmãos, o mesmo olhar de amor e de dor.
Todas as vidas cabem na imagem quotidiana do pão que se parte e reparte. As vidas são coisas semeadas, crescidas, maturadas, ceifadas, trituradas, amassadas: são como pão. Não apenas degustamos e consumimos o mundo: dentro de nós vamos percebendo que o tempo também nos consome, nos gasta, nos devora.
Só um Deus que se fez homem pode escolher habitar fora das paredes do templo, na mesma casa do homem, na “profana” morada dos mortais. E será assim para sempre, porque está na natureza própria do cristianismo.
A Mãe das dores seja um sinal em todas as situações difíceis de nossa vida e interceda por nós neste tempo de sofrimentos e nos inspire a fé e a coragem para que não desanimemos nas situações de “morte” e nos ajude a crescer e a encontrar a “Ressurreição”.
Hoje, a festa é essa mistura inacreditável do silêncio, da humildade de Deus que vela ainda pelo poder que subverterá o mundo e a sua divisão do visível e do invisível e nos abrirá as portas do Aberto.