No dia 28 de Setembro, dia em que a Igreja recorda o grande santo africano Agostinho de Hipona, iremos abrir a semana do catequista, com eucaristia, na Sé, às 17.30h.
O ministério de catequista está presente na Igreja desde sempre, como nos recordou o Santo Padre na sua Carta Apostólica “Antiquum Ministerium”. Este ministério é fundamental na vida da Igreja. Diz-nos o Papa Francisco: “Toda a história da evangelização destes dois milénios manifesta, com grande evidência, como foi eficaz a missão dos catequistas. Bispos, sacerdotes e diáconos, juntamente com muitos homens e mulheres de vida consagrada, dedicaram a sua vida à instrução catequética, para que a fé fosse um válido sustentáculo para a existência pessoal de cada ser humano. Além disso, alguns reuniram à sua volta outros irmãos e irmãs, que, partilhando o mesmo carisma, constituíram Ordens religiosas totalmente dedicadas ao serviço da catequese.
Não se pode esquecer a multidão incontável de leigos e leigas que tomaram parte, diretamente, na difusão do Evangelho através do ensino catequístico. Homens e mulheres, animados por uma grande fé e verdadeiras testemunhas de santidade, que, em alguns casos, foram mesmo fundadores de Igrejas, chegando até a dar a sua vida. Também nos nossos dias, há muitos catequistas competentes e perseverantes que estão à frente de comunidades em diferentes regiões, realizando uma missão insubstituível na transmissão e aprofundamento da fé.”
Para realizar esta missão “o Catequista é chamado, antes de mais nada, a exprimir a sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé, que se desenvolve nas suas diferentes etapas: desde o primeiro anúncio que introduz no querigma, passando pela instrução que torna conscientes da vida nova em Cristo e prepara de modo particular para os sacramentos da iniciação cristã, até à formação permanente que consente que cada batizado esteja sempre pronto «a dar a razão da sua esperança a todo aquele que lha peça» (cf. 1 Ped 3, 15). O Catequista é, pois, simultaneamente testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja. Uma identidade que só mediante a oração, o estudo e a participação direta na vida da comunidade é que se pode desenvolver com coerência e responsabilidade (cf. Cons. Pont. para a Promoção da Nova Evangelização, Diretório da Catequese, 113).”
Também nós queremos afirmar a importância do catequista na vida da nossa Igreja. Daí nos ter parecido pertinente iniciarmos o Ano Pastoral com esta Semana do Catequista, a fim de aprofundarmos sobre a identidade do Catequista, as exigências da sua missão, a coerência entre a fé que se ensina e a fé que se vive, etc. Daí se ter pedido aos párocos para aproveitarem esta semana para a formação dos catequistas. Faço votos para que em todas as paróquias essa formação se concretize e nós possamos ter catequistas bem formados, com uma fé viva e amor à Igreja.
Que Santo Agostinho, teólogo, e São Carlos Lwanga, padroeiro dos catequistas africanos, sejam referências na nossa catequese e abençoem os nossos catequistas e o seu trabalho pastoral.
São Tomé, 26 de Agosto de 2021.
+ Manuel António Santos CMF
Bispo